Olá meus queridos, hoje trago para vocês o livro que eu estou lendo, "A Vida na posta da geladeira" de Alice Kuiper . Semana passada, uma aluna nossa do 2º ano, chegou na biblioteca e disse assim: - "Oi, Tia, estava com saudades, ainda bem que a biblioteca já está aberta. O que a senhora me indica hoje?Quero um livro triste." Olhei pra ela, e disse: - triste, minha linda. Você não gosta de vampiros? Tem um aqui muito bom - contei um pouquinho da história e os olhinhos dela brilharam - só não sei onde está depois da nossa nova arrumação. Ela riu, escolheu outro e pediu: - "Quando achar guarda pra mim." Quando ela saiu, fiquei procurando até encontrar, e por curiosidade, comecei a ler. Fiquei ali, em pé, perto do estante lendo e chorando, acreditam? Chorei não só porque realmente a história é triste mas porque percebi que existem muitas famílias assim. Vi amor mas um amor distante, frio. Frio, porque não há contato. Não se tem tempo! Qual seria o valor desse tempo? O que anda acontecendo nas nossas famílias? O que é mais importante: o trabalho, ganhar dinheiro ou o estar junto? Estar junto em todos os momentos, bons e ruins. Será que precisa acontecer algo grave, como uma doença que muitos nem gostam de falar o nome pra que as pessoas mudem? A vida passa rápido! A solidão de hoje é diferente. A partir do livro, parei pra pensar na minha família e fiquei feliz! Aqui em casa, quase não tem bilhete. Temos o contato físico, falamos, brincamos, brigamos...
O livro nos leva a repensar. Repensar o que fazemos, como fazemos, com quem fazemos. Vale a pena ler! Ele é em forma de bilhetinhos. Estou lendo de novo, agora mais devagar.
Claire, de 15 anos, e sua mãe têm uma rotina muito atribulada. Nos raros
momentos em que a mãe está em casa (ela é obstetra), a filha está na
escola, com amigos ou com o namorado. Resultado: as duas quase não se
veem e se comunicam deixando recados na porta da geladeira. Esses
recados vão desde cobranças banais [Oi, MÃE! (Que eu NUNCA MAIS vi!)]
até revelações tocantes e contundentes por parte de mãe e filha durante o
penoso tratamento do câncer de mama da mãe, num ano que se revelará
decisivo para as duas. Em seu romance, Kuipers capta a
ansiedade por trás da tragédia e revela a importância de viver a vida
intensamente, lembrando ao leitor a necessidade de encontrarmos tempo
para as pessoas que amamos mesmo em momentos de dificuldade e desafios.
Beijinhos cheios de lágrimas...
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