
Já foi traduzido para várias línguas, entre elas o húngaro, o alemão e
o coreano, e já teve livros e contos adaptados para o cinema e para o
teatro. Também já conquistou vários prêmios literários com sua obra,
entre eles o Prêmio Pedro Nava (da Academia Brasileira de Letras), o
prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) e o Prêmio
Jabuti. O autor acaba de ser eleito para a Academia Paulista de Letras.
Nascido no dia 31 de julho de 1936 na cidade de Araraquara, interior de São Paulo, Ignácio de Loyola Lopes Brandão
era filho de Antônio Maria Brandão e Maria do Rosário Lopes Brandão.
Tinha quatro irmãos. Sua carreira foi influenciada por seu pai, que o incentivou a ler quando pequeno e montou uma biblioteca com 500 volumes, além de publicar
histórias em jornais da região. Um pouco da infância de Ignácio pode
ser conferida no conto “O menino que vendia palavras”, em que ele narra
os episódios nos quais trocava palavras por figurinhas e bolinhas de
gude com os companheiros de sala de aula.
Em 1952, consegue publicar uma crítica de sua autoria no jornal Folha
Ferroviária. O texto em questão era sobre o filme “Rodolfo Valentino”. A
publicação também foi utilizada pelo Correio Popular. Assim, Ignácio
começa a se aventurar na escrita de críticas de filmes e reportagens
para o Diário de Araraquara, O Imparcial, entre outros jornais. Ganha
conhecimento em tipografia, paginação e acaba inaugurando uma coluna
social.
Após mudar-se para a cidade de São Paulo em 56, consegue trabalho no
jornal Última Hora, onde prestou serviços por quase dez anos. Um fato
curioso ocorrido naquela época foi que, Ignácio, ao ser perguntado na
entrevista se sabia inglês, disse que sim. Então, teve que utilizar o
pouco que havia aprendido em filmes para entrevistar o General
Eisenhower, que estava em São Paulo. No fim, conseguiu fazer a
entrevista e acabou destacando-se na redação.
Ignácio vai para a Itália em 1957 para tentar arrumar trabalho como
roteirista em Cinecittà, complexo de estúdios e teatros que fica na
periferia de Roma. De lá, continua fazendo matérias para o Última Hora.
Entre os assuntos abordados, fez coberturas, sinopses e alguns trabalhos
para a TV Excelsior. Conhece a obra do diretor de cinema Federico
Fellini, "Oito e Meio". Tempos depois, o escritor admite que o filme
teve forte influência sobre "Zero", um de seus romances.
Retornou ao Brasil e começou a escrever “Os Imigrantes” junto
a José Celso Martinez Correa, um amigo de sua cidade natal. No ano de
1988, publica “A rua de nomes no ar”, livro
de contos e crônicas. Depois, encara o mercado editorial
infanto-juvenil com “O homem que espalhou o deserto”. Naquele mesmo ano,
o livro “Sonhando com o demônio” é publicado.
Em 2000, Ignácio de Loyola Brandão ganhou o Prêmio Jabuti na
categoria Contos e Crônicas pelo livro “O Homem que odiava a
segunda-feira”.
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